Lei Lucas

  Em 27 de setembro de 2017, Lucas, de 10 anos, se engasgou com um pedaço de cachorro-quente servido na hora do lanche, durante um passeio da escola. Segundo a família, ele não teve o atendimento de primeiros socorros adequado e acabou falecendo por asfixia mecânica. Desde então, Alessandra Zamora, mãe do menino, iniciou um movimento pela obrigatoriedade dos cursos aos funcionários das escolas.

  Em 04 de outubro de 2018 é criada a Lei 13.722, conhecida como Lei Lucas, que Torna obrigatória a capacitação em noções básicas de primeiros socorros de professores e funcionários de estabelecimentos de ensino públicos e privados de educação básica e de estabelecimentos de recreação infantil, anualmente, tanto para capacitação quanto para reciclagem dos profissionais já capacitados, e tem o objetivo de preparar professores e funcionários para que possam agir no socorro das crianças em situações de emergência até a chegada da ajuda médica.

Lucas e sua mãe

A pena para quem não cumprir a determinação poderá ser desde advertências, multas ou cassação de alvará de funcionamento.

  No Brasil, o tempo de espera pelo atendimento de socorristas é de, em média, 18 minutos. Por isso, é importante ter conhecimento para prestar os primeiros socorros. “O engasgamento é rápido e é preciso agir em poucos minutos. Em 3 minutos a pessoa desenvolve uma parada cardíaca e a partir dela, uma parada respiratória devida a falta de oxigenação no cérebro”, cada minuto é importante na vida de uma pessoa vítima de sufocação. Se o socorro não acontecer nos primeiros momentos, novas lesões no cérebro são desenvolvidas. Cada minuto com o coração parado corresponde a 10% a menos de chance de a pessoa sobreviver.