CIPA e a Quebra de Paradigmas

  A sigla CIPA ela automaticamente é um assunto polêmico, pois ele aplica o direito de estabilidade de 2 anos, e é um potencializador de multas em muitas empresas, em várias esferas. Como:

  A direção, liderança e RH, já criam um bloqueio maior diante de inúmeros históricos existentes, inclusive pelo fato de que a estabilidade acaba contribuindo para o trabalhador não evoluir produtivamente, e muito menos em prol da prevenção.

  Os profissionais, de SST, quando tem na empresa, mesmo em suas afirmações acreditam que a comissão é de extrema importância, se torna um gerador de volume de trabalho diante da falta de evolução no atendimento das as atribuições.

  Os colegas de trabalho, enxergam estes representantes, na sua maioria como, fiscais e informantes para as chefias no ambiente de trabalho.

  Diante disso, dentre outros fatores, precisamos descontruir estes rótulos negativos. Como?

  Orientar, de fato, o empregador e os demais, a real importância da CIPA, e que ela pode agregar muito mais valor ao negócio, do que prejuízo legal, financeiro, desgaste de tempo e de mão de obra, etc… Pois quando falamos e praticamos, de fato, prevenção, os lucros humanos e financeiros só se somam e não subtraem.

  Os profissionais de SST precisam entender que a CIPA não é de responsabilidade deles, e sim do empregador, e que cabe a eles se posicionarem, cada vez mais, para que apoiem a comissão no atendimento das suas atribuições.

  É preciso orientar os trabalhadores para um processo de desvinculação da CIPA, como uma entidade fiscalizadora. A comissão é de orientação e contribuição para realização de ações preventivas.

  Por fim, precisamos entender que a comissão é um item legal, com base na NR-5, e que se for explorada para gerar resultados, todos ganham. Uma empresa de fato só cresce quando os pilares humanos, produtivos, de qualidade e segurança estejam integrados, do contrário, tudo permanecerá igual. O sistema precisa entender que a CIPA é constituída por gente e só evoluem quando, o todo, evolui.

 

Sheila Rodrigues